| Professora Francisca Henrique fez um discurso marcante. |
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| Daliana Cascudo - Diretora do Instituto Lusovicus |
Pilar não é apenas metáfora; é compromisso. Em erigir esta Academia, Francisca Henrique lança um alicerce robusto, consciente de que a construção da memória cultural exige estrutura, persistência e visão. Desde seus primeiros passos os fundamentos foram lançados com cuidado, com a certeza de que o que se erguesse teria de ser sólido, não apenas um símbolo efêmero, mas um legado duradouro. Hoje, este pilar nasce forte. E amanhã, ele sustenta a estrutura da próspera Parnamirim.
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| Escritor Francisco Martins - Imortal da Alearp |
Por muitos anos, Francisca Henrique presenteou o município com flores, gestos de simpatia e apreço que enobreceram o que de mais belo uma cidade pode ostentar: sua generosidade cívica, seu afeto comunitário, seu apreço pelo desenvolvimento humano. Mas flores, por mais bonitas que sejam, são efêmeras. Hoje, a professora oferece ouro: a fundação de uma instituição de intelectuais, escritores, artistas, pensadores. Uma oferta que não se desvanecerá com o tempo, mas que se fortalece com o passo dos anos. É o ouro simbólico de um investimento na alma da cidade.
| Professora Terezinha Martis, Imortal da ALEARP, autora do Hino de Parnamirim |
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| Professora Francisca Henrique e o Imortal Ismael Dumang, poeta, compositor e letrista. |
Para efeito de perspectiva, cabe recordar que a Academia Norte‑Riograndense de Letras, sediada em Natal, foi criada em 14 de novembro de 1936, com a participação de intelectuais como Luís da Câmara Cascudo. A diferença de tempo entre aquela fundação e esta de Parnamirim é de 89 anos, o que apenas reforça a magnitude de hoje: após quase nove décadas de iniciativas literárias e artísticas regionais, surge agora na cidade um espaço próprio para cultivar e projetar nossa cultura. O município se dignifica mais, de mero receptor de manifestações culturais, passa a ser protagonista institucional delas.
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| Imortais da Alearp |
No cerne deste acontecimento está a figura de Francisca Henrique: empresária visionária, educadora apaixonada e cidadã comprometida. Em seu discurso inaugural, carregado de emoção, ela não apenas ressaltou a importância das letras, da arte e da cultura como instrumento de transformação social, mas também fez uma homenagem comovente à sua mãe, mulher de espírito visionário, incansável na luta, símbolo de honestidade e integridade. Àquela que fora sua incentivadora, mentora e exemplo de vida, foi ofertada uma cadeira entre as que formarão a Academia. Gesto simbólico e repleto de significado: a mãe como alicerce afetivo e moral de quem ergue, agora, esta nova estrutura cultural.
A criação da Academia de Letras e Artes de Parnamirim é, em suma, um presente inesquecível da fundadora à sua cidade, um presente que não se recebe com as mãos vazias, mas com a responsabilidade de cultivar, participar, respeitar e construir junto. Francisca Henrique presenteia Parnamirim com não apenas uma entidade, mas com um símbolo: o símbolo de que Educação, Cultura e Artes são pilares tão importantes quanto infraestrutura, meio-ambiente ou economia no desenvolvimento de uma comunidade.
Hoje, Parnamirim ergue esse pilar. E este pilar tem, agora, o nome Academia de Letras e Artes de Parnamirim. Que ele seja firme. Que ele seja generoso. Que ele dure. E que a cidade saiba corresponder.






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