TREINAMENTO DOS PILOTOS BRASILEIROS EM ORLANDO, FLÓRIDA - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (1943-1944)


Como sabemos, não somos um país beligerante. Guerreamos contra o Paraguai, inclusive é uma história tão triste que é melhor ficarmos quietos. A nossa participação na Itália - como Força Expedicionária Brasileira - foi uma guerra em que fomos tomados emprestados para brigar pelos outros. E ainda bem que os nossos soldados foram vitoriosos, peças importantes para a vitória. Essa história precisa ser contada nas escolas, pois temos os herois.


Lucramos a Usina Nuclear no Rio de Janeiro, prédios, veículos, maquinários e equipamentos em Natal e Parnamirim, Rio Grande do Norte, influências culturais e, para muitos, foi bom enquanto durou. A presença dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial também aconteceu no Pará e não se limitava a um único local. Havia uma rede de bases militares e instalações aéreas espalhadas pela região, incluindo Belém e outras cidades. Mas vamos ao assunto das fotografias... 


Durante a Segunda Guerra Mundial, o treinamento dos pilotos brasileiros foi uma jornada que combinou experiências no Brasil e nos Estados Unidos. Eles aprenderam a pilotar aviões como o Curtiss P-40 e o P-47 Thunderbolt, além de terem acesso a técnicas modernas de instrução. A Força Aérea Brasileira (FAB) formou 558 oficiais aviadores no Brasil e também promoveu a formação de mais de 281 oficiais da reserva nos Estados Unidos.


O início do treinamento aconteceu no Brasil, onde os pilotos começaram pilotando aviões de caça Curtiss P-40. Além disso, a Aviação de Patrulha também teve seu papel, operando aviões como o PBY-5 "Catalinas" e o A-28 "Hudsons". Para fortalecer a força, a FAB criou diversas esquadrilhas, como o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), fundado em 1943 para atuar na Itália.


Depois, os pilotos brasileiros tiveram a oportunidade de fazer um treinamento mais avançado, com acesso a sistemas e técnicas modernas, muitas vezes separados dos grupos americanos para um preparo mais específico. O foco em aviões de caça, especialmente o P-47 Thunderbolt, foi fundamental para prepará-los para as missões de combate na Itália. Além disso, houve um intercâmbio de experiências, onde os pilotos brasileiros aprenderam técnicas de sobrevivência na selva e participaram de voos de combate, fortalecendo suas habilidades e conhecimentos.


O 1º GAVCA destacou-se na campanha na Itália, realizando 682 missões de guerra e ajudando a coordenar o tiro de artilharia da FEB. Esses pilotos participaram ativamente dos combates, enfrentando perigos e, infelizmente, alguns foram abatidos pela artilharia inimiga. Um exemplo de coragem é o tenente Danilo Moura, que, após seu avião ser abatido, caminhou impressionantes 386 km.


A bravura e o esforço desses pilotos brasileiros foram reconhecidos ao longo do tempo. Uma celebração especial foi feita pelos 75 anos da participação da FAB na Segunda Guerra Mundial, com um símbolo comemorativo que homenageia essa história de coragem e dedicação.



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