Voejavam pássaros numa profusão tão extraordinária naquela árvore de cedro que não sei se eles nasciam dela ou pousavam nela. Havia predisposição para uma toalha de renda no céu. Julguei ser um panapaná. Não sei se era uma revoada ou se a própria árvore voava. Sei que me perdi de pensos tortos. Por vezes me imaginei sendo folhas se desgarrando, transmutando-se em pássaros, ou pássaros mimetizados em folhas, enlouquecidos na beleza divinizada de Pantanal...
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